Quais as diferenças entre os espumantes Charmat e Champenoise?
Os espumantes são bebidas associadas ao requinte e à sofisticação. Bebê-los em determinadas comemorações é uma prática tradicional, que já conquistou diversos públicos.
Com a crescente do espumante brasileiro no cenário internacional, a procura pelas produções nacionais também tem crescido de maneira significativa. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, existem formas bastante distintas de se produzir essa glamourosa bebida.
Entre elas, destacam-se Charmat e Champenoise, métodos que geram resultados completamente diferentes.
Se você se interessa pelo tema e quer entender melhor as diferenças existentes entre eles, continue lendo o post para saber mais!
Como é a produção do Champenoise?
Também chamado de “método tradicional”, o Champenoise apareceu há muito tempo na região francesa de Campagne. Acredita-se que os monges cistercienses inventaram-no. Algumas fontes, inclusive, apontam o monge beneditino Dom Pérignon como o principal responsável pela invenção.
É considerado “clássico” porque foi dessa forma que os primeiros espumantes foram produzidos: após a fermentação alcoólica em um tanque de aço inox, para gerar o vinho base, ocorre um segundo procedimento. Neste, o vinho base é colocado em uma garrafa junto a um licor de expedição, onde ocorrerá uma segunda fermentação, e assim, gerar o gás carbônico do espumante.
Na antiguidade, isso foi feito porque os açúcares presentes no mosto não eram devidamente consumidos no frio e, portanto, as leveduras não estavam todas mortas. Sendo assim, era preciso introduzi-los em uma garrafa e esperar pelo aumento da temperatura para formar o gás carbônico.
Atualmente, o método foi aprimorado, de modo que os componentes necessários são adicionados diretamente na fermentação posterior.
Como é produzido o Charmat?
Considerado mais recente, o método Charmat está associado a duas origens. A primeira delas teria ocorrido na Itália, em 1895, graças a Federico Martinotti. Não à toa, no país italiano a metodologia é chamada por muitos de “Martinotti”.
Pouco tempo depois, em 1907, surgiu uma nova patente na França, realizada por Eugène Charmat. O fato de seu nome ter batizado o processo indica que, mundialmente, essa versão de origem é mais aceita entre os especialistas.
Nele, é produzido o vinho base em tanques de aço inox e as borbulhas são geradas a partir de uma segunda fermentação com açúcares e leveduras, realizadas em um grande tanque de inox. Esses tanques, também conhecidos como autoclaves, são desenvolvidos para suportar bem a pressão gerada pelo gás carbônico dentro do tanque.
Charmat e Champenoise: quais são as diferenças?
Além das já citadas distinções em relação à segunda fermentação — uma se dá em garrafas e a outra em tanques — a principal diferença entre os dois métodos está no tempo de produção: ao passo que o Charmat geralmente fica pronto em dias, o Champenoise pode levar meses.
Por conta disso, os custos dos espumantes Charmat tendem a ser mais baixos em comparação ao método tradicional. O Champenoise, por sua vez, tem sabores e aromas mais marcantes e com maior complexidade olfativa e gustativa, que caem muito bem em festividades mais formais,
Já os Charmats têm uma tendência a apresentar aromas cítricos e florais e no paladar apresenta mais frescor e leveza. Ou seja, são recomendados para celebrações diurnas e vespertinas, de caráter mais informal e intimista.
Charmat e Champenoise são excelentes escolhas devido à imensa variedade de opções no mercado. Ambos trazem elegância e alegria para a sua comemoração.