O que é, como harmonizar e escolher os melhores vinhos rosé?
Uma das classificações mais comuns em relação aos vinhos é referente à sua cor. Assim, temos o vinho tinto, o branco, o rosé. O vinho rosé traz diferentes tonalidades, que se aproximam do rosa. Os tons podem ser claros, semelhantes ao salmão ou ao pêssego, e até rosa efetivo ou aquele que recorda o cereja-claro.
Essa cor se origina das cascas das uvas, a partir da adoção de métodos variados, mas também pode ser resultante da combinação do vinho tinto com um vinho branco. Somente em fins do século XIX foi criada a primeira definição de vinho rosé no que diz respeito à produção. Ela apareceu no livro “Viticultura e Enologia”, de autoria do Dr. Jules Guyot.
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A elaboração do vinho rosé
Para a produção do vinho rosé, existem diferentes métodos. Veja os principais a seguir.
Prensagem direta
As uvas passam por um processo de delicada prensagem, como ocorre com a produção do vinho branco. O mosto, que é o suco da fruta, atinge uma tonalidade suavemente colorida devido ao pigmento presente nas cascas.
Depois, o líquido é fermentado sem as cascas (o que chamamos de fermentação em branco). O resultado desse método é um vinho muito claro e delicado.
Maceração curta
As uvas seguem os processos de produção do vinho tinto. As cascas permanecem em contato com a maceração (o mosto) por um período curto de tempo, limitado a algumas horas. Isso pode acontecer antes da fermentação (maceração pré-fermentativa) ou mesmo durante o processo, com as cascas separadas do mosto que vai para a fermentação em branco.
Sangria
Outro método comum na produção dos melhores vinhos rosé é o da sangria — parecido com o processo de produção de vinho tinto. Contudo, quando se alcança uma coloração rosada, parte do mosto é separada e segue para a fermentação sem cascas, enquanto o restante (que ficou no tanque junto às cascas) é fermentado de forma a resultar em um vinho tinto.
Esse método oferece uma bebida mais encorpada, com uma graduação alcoólica elevada e de cor bastante intensa. Algumas pessoas a consideram um subproduto do vinho tinto.
Corte
Nesse método, realmente se mistura uma quantidade de vinho tinto ao branco. Tal prática não é permitida nos países europeus, mas é aplicada na África do Sul e nos Estados Unidos.
Muitas pessoas atribuem a esse processo a produção de vinhos com baixa qualidade. Mas, quando lembramos que existem diferentes tipos de uvas, é claro que há muitas possibilidades de aproveitá-los.
Vale lembrar que um vinho de boa qualidade está associado à qualidade da matéria-prima e às seleções feitas pelo produtor. Assim, qualquer método pode ter resultados pouco satisfatórios.
Cofermentação
A cofermentação é bem menos utilizada, pois apresenta mais dificuldades de controle. O método combina uvas tintas e brancas, promovendo uma fermentação simultânea.
As principais características desse tipo de bebida
O vinho rosé é um meio-termo entre o tinto e o branco. Os rosés são leves, apresentam frescor e têm um sabor frutado que é semelhante ao do vinho branco. Em relação aos tintos, se assemelham na estrutura e na delicada adstringência, ou seja, proporcionam a sensação de “boca seca” que surge quando comemos frutas verdes (banana, por exemplo).
Mas vale lembrar que se trata de uma adstringência suave, resultante da presença de muitos taninos. Trata-se de substâncias que reagem com as proteínas da boca e eliminam temporariamente a lubrificação causada pela saliva. Em alguns rosés, porém, a presença de taninos é quase nula.
Ao contrário da adstringência, a acidez é uma característica importante e fundamental aos melhores vinhos rosés. Existem cinco sabores básicos percebidos pelo paladar: amargo, doce, salgado, ácido e umami. A salivação é um dos efeitos mais característicos da acidez: quanto mais ácido e fresco for um rosé, mais água na boca ele proporcionará.
A acidez ideal precisa ser harmonizada com outros sabores, principalmente o doce proveniente de açúcares, e também indica a durabilidade da bebida. Vinhos rosés e brancos não têm muitos polifenóis, que são antioxidantes. Assim, é a acidez a principal responsável pela conservação da bebida — sem ela, o vinho não dura muito, fazendo jus à alcunha de “chato” (dada pelos enólogos).
As harmonizações indicadas
O vinho rosé vem se tornando mais popular e, por isso, sua demanda tem aumentado. A temperatura adequada muda de acordo com o corpo da bebida, sendo que os mais leves devem ser servidos entre 6º C e 8º C. Já os encorpados podem variar de 10º C a 12º C.
Tábua de frios
A tábua de frios é uma boa combinação para os rosés. Ela é formada por alimentos como mortadela, carpaccio, chouriço, presunto cru, linguiça calabresa, salsichões e pastrami.
Aperitivos fritos
As frituras também harmonizam com esse tipo de vinho, a exemplo das seguintes:
- lulas à dorê;
- batatas bravas com molhos espanhóis;
- batatas fritas com mostarda dijon;
- arancini (bolinho de risoto italiano com queijo).
Pizzas
O rosé cai bem com as pizzas saboreadas em todo o mundo. O vinho ajuda a equilibrar o sal e a gordura quando as fatias reúnem carnes picantes (linguiça, por exemplo).
Outros pratos que harmonizam
Outras opções para harmonizar a comida com os melhores vinhos rosés são:
- queijos;
- massas;
- salgados;
- peixes;
- carnes;
- sobremesas;
- frutos do mar;
A escolha dos melhores vinhos rosé
A maioria dos vinhos rosé é comercializada logo depois do engarrafamento. Para escolher adequadamente, vale saber que suas qualidades mais importantes devem ser: coloração límpida, acidez intensa e aromas marcantes.
Vinhos rosé de safras muito velhas não são usuais. Ainda assim, vale a pena saber como a bebida foi armazenada. Devido à sua delicadeza, recomenda-se consumi-lo no máximo em três anos, prazo dentro do qual o vinho pode ser degustado nas condições ideais.
Outra dica é conhecer bem a vinícola que produz o rótulo. No Brasil, há algumas muito boas, que produzem vinhos de excelente qualidade. Destacam-se as da Região Sul, principalmente do Rio Grande do Sul, na conhecida Serra Gaúcha.
Os melhores vinhos rosé podem ser comprados via internet, mas é preciso se certificar da idoneidade da produtora, da experiência que tem na produção de vinhos, dos tipos de uvas que usa e da qualidade de seus produtos (o que dizem os consumidores, prêmios recebidos, elogios no mercado etc.).
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