Você sabe o que é a acidez do vinho? Descubra aqui!
Quem gosta de apreciar bons vinhos, geralmente sabe que existem alguns fatores e características que definem a qualidade dessa bebida tão especial e envolvente. Essas pessoas entendem que o tipo de uva é um elemento determinante para o sabor, assim como a influência da idade e da safra para o paladar, por exemplo. No entanto, muitos deixam de observar um aspecto fundamental: a acidez do vinho.
Especialistas e entendedores do assunto são todos unânimes em afirmar que, salvo raríssimas exceções, os vinhos com pouca ou excesso de acidez quase nunca apresentam um padrão de qualidade mais elevado.
Por isso, neste post explicaremos tudo sobre o assunto. Desde o conceito de acidez de um vinho até as dicas sobre como identificá-la corretamente. Continue a leitura e confira!
Afinal, o que é a acidez do vinho?
Qualquer exemplar contém diversos ácidos naturais, principalmente os ácidos tartáricos, cítricos, málicos e lácticos. Esses elementos são responsáveis tanto pelo vigor quanto pelo frescor do líquido. Além disso, a acidez é o fator que define e prolonga todas as outras qualidades na hora de degustar um bom vinho.
Um ótimo exemplo para perceber todas essas características é beber uma limonada, ou seja, um líquido leve, bem refrescante e vivaz. A acidez é tão marcante para uma limonada quanto para um vinho, afinal, é ela que provoca aquela sensação de salivação nas laterais da gengiva de nossa boca.
Qual é a relação entre a maturidade da uva e a acidez?
Toda vez que uma uva atinge o seu ponto de maturidade, a quantidade de açúcar se eleva e a de ácido diminui. Então, o segredo do sucesso e, ao mesmo tempo, o maior desafio dos fabricantes de vinho fica a cargo de saber a hora certa de colher a uva, para que esses dois elementos estejam em perfeito equilíbrio.
No mesmo sentido, o nível de acidez em um vinho está diretamente relacionado com o tipo de uva, clima e com o processo de vinificação. A presença de diamantes no vinho, por exemplo, nem sempre é um sinal de que a bebida está ruim. Pelo contrário, esses cristais são consequências da acidez e de um processo natural da produção de vinhos.
Qual é a importância da acidez para os vinhos?
Já adiantamos alguns dos papéis mais relevantes da acidez para o vinho, mas além de evitar que a bebida estrague durante a fermentação, a presença de ácidos tem a função de contrabalançar sua doçura e de lhe conferir tanto mais equilíbrio quanto um gosto mais fresco.
Aliás, na quantidade certa, a acidez também contribui para diminuir a sede. Se faltar uma quantidade expressiva de acidez, o vinho seco pode se tornar bem mais pesado. Por outro lado, a carência dela nos vinhos doces deixa a bebida bastante sem graça. Equilíbrio de ácidos, portanto, é algo muito bem-vindo tanto nos vinhos tintos quanto nos brancos. Inclusive, particularmente no caso dos brancos, isso é essencial para garantir mais sensação de refrescância.
No mesmo sentido, além de ajudar a envelhecer bem, a acidez também impede que os vinhos estraguem mais rápido. Já a presença de acidez em excesso não traz prazer ao paladar, muito pelo contrário, isso provoca um gosto cortante e estranho.
Como a temperatura influencia na acidez?
Os taninos e a acidez são aspectos acentuados pela baixa temperatura, enquanto os aromas são inibidos em função do resfriamento da bebida. Vale destacar ainda que, quando o vinho é mais encorpado, temperaturas elevadas evidenciam o seu buquê, uma vez que o calor acelera o processo de evaporação do álcool.
No caso dos rótulos mais leves, espumantes e brancos, por exemplo, devem ser servidos mais frios, com o objetivo de acentuar a acidez do vinho. Afinal, como já sabemos, tudo isso está diretamente ligado à refrescância da bebida.
O que é acidez volátil e o que ela provoca?
Também chamada tecnicamente de A.V., a acidez volátil não é um elemento inerente das uvas. Dito isso, é preciso ter em mente que o ácido acético é causado pelas bactérias depois (ou até mesmo durante) do processo de fermentação.
Quando presente em uma baixa quantidade, a acidez volátil não é perceptível e não prejudica a bebida em nada. No entanto, ao entrar em contato com o ar, as bactérias se multiplicam rapidamente, e a A.V. resultante dessa condição deixa o cheiro do vinho avinagrado. Além do conhecido “cheiro de vinagre”, ele fica com um sabor profundamente desagradável e passa a ser considerado um vinho defeituoso.
Como identificar a acidez ideal?
A melhor maneira de identificar a acidez de um vinho é prestando muita atenção em como a boca reage depois de ter engolido a bebida. É muito importante observar a salivação, e isso significa que se o primeiro gole causar incômodo ao paladar, quer dizer que a acidez do exemplar é defeituosa.
Como no caso da limonada, um tipo de vinho mais ácido provoca a salivação, que pode começar nas laterais da boca e encharcar toda a língua. Isso ocorre naturalmente porque a nossa saliva é alcalina, e o organismo humano a libera para que a acidez do vinho possa ser neutralizada. Por sua vez, o tanino atua de maneira oposta, visto que a sua presença deixa a boca seca, mas isso é assunto para outro post!
Viu como a acidez do vinho é uma característica essencial para a qualidade dessa bebida tão apreciada e consumida no mundo todo? O mais importante é que, de acordo com o seu gosto, você sinta equilíbrio e harmonia. Entender melhor sobre vinhos não é bom apenas para ampliar nosso repertório de conhecimentos gerais, mas também para sentirmos mais prazer na hora de degustar uma boa bebida.
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