Impressione: 5 tipos de queijos finos para servir com vinho
A harmonização entre bebidas e comidas é essencial para garantir uma experiência degustativa completa. No quesito vinho, essa combinação fica por conta dos tipos de queijos finos, que são encontrados nas mais variadas formas, sabores, maturações e acidezes. Queijos e vinhos combinam muito bem, mas é preciso ficar atento a alguns detalhes.
Os dois fazem parte e são instigados pelo terroir, palavra francesa sem tradução completa para o português, mas que pode ser entendida como o respeito pela qualidade e identidade de origem desses alimentos.
No entanto, para essa harmonização, é preciso aliar os queijos aos vinhos certos, já que alguns tipos não combinam com o vinho tinto, por exemplo.
Pensando nisso, vamos lhe mostrar os 5 principais tipos de queijos para que você possa harmonizá-los corretamente com o vinho de sua preferência. Confira!
1. Brie
O tipo Brie é tido como o rei dos queijos franceses. Seu nome vem da província de Brie, na França. Em sua fabricação, pode ser utilizado tanto o leite de cabra quanto o de vaca, sendo que, este último, tem denominação de origem protegida, ou seja, só pode ser produzido nesta região. No quesito tamanho e formato, ele é generoso. É cilíndrico e tem, aproximadamente, 35 centímetros de diâmetro, uma altura média de 3 centímetros e pesa, em média, 2 quilos.
A cobertura desse queijo é preparada com uma fina camada de mofo branco, o chamado Penicilium camemberti ou P. caseiculum. Com isso, é originado um sabor forte, com casca dura, mas seu interior é completamente macio e homogêneo.
Devido a isso, vai muito bem harmonizado com os variados tipos de vinho branco, já que são mais encorpados e tem acidez característica. Apesar da potência no sabor, é muito versátil, pois também pode ser utilizado em receitas, como risotos e em cafés da manhã quando acompanhado por torradas.
2. Camembert
Dentre os tipos de queijos finos não podemos deixar de citar o Camembert. Ele é originário da Normandia, no vilarejo Camembert. Produzido com leite de vaca, seu sabor é suave e marcante depois de 30 dias de maturação, mas somente aos 45 dias atingirá a maturidade que promoverá sabor e aroma mais pronunciados. Além disso, terá textura fina e fundente. De acordo com essas características, ele é considerado um queijo mole.
O Camembert pode ser encontrado em embalagens práticas de 120 até 200 gramas. A cobertura desse queijo é produzida com uma fina camada de mofo branco, o chamado Penicillium camemberti ou P. candidum. A maioria das harmonizações envolve vinhos tintos leves ou frutados e com acidez um pouco mais elevada.
3. Emmental
No Brasil, ele é mais conhecido como “Queijo Suíço”. Isso mesmo, aquele de massa amarela e grandes furos que sempre vemos nas vitrines e TV. Para atingir suas características, ele é produzido com leite de vaca, cozido e prensado. Seu sabor é suave com leve adocicado, sua casca é escovada e dura. Após atingir sua maturidade, depois de 60 até 90 dias, ele chega a atingir o peso de até 6 quilos.
Após sua maturação, ele apresentará uma massa levemente amarelada, firme, com buracos irregulares, lisos e brilhantes, com um sabor adocicado e suave. É um queijo bem versátil na cozinha, ideal no preparo de fondue, sanduíches e em pratos nos quais é combinado com o presunto. Nos gratinados, forma uma deliciosa crosta dourada. Com isso, os vinhos mais indicados para harmonização são os brancos frutados e os tintos leves.
4. Gorgonzola
É um queijo de origem italiana e produzido com leite de vaca. Também é conhecido como queijo azul, devido ao crescimento do mofo Penicillium roquefort, de tonalidade azul-esverdeada. Esse mofo dá como característica um sabor e aroma pendendo ao picante, variando conforme o momento em que é degustado.
Para isso, após 30 dias de maturação, o crescimento do mofo se completa para que o queijo possa ser embalado em papel alumínio, seja inteiro ou em fatias. Após isso, ele será colocado sob refrigeração por, em média, 45 e 50 dias. Durante esse processo, as enzimas presentes no Penicillium roquefort se estabilizam, podendo, a partir deste momento, ocorrer a degustação.
A harmonização do queijo Gorgonzola fica por conta dos vinhos mais adocicados e aromáticos, como os de colheita tardia. No entanto, o sabor salgado dele não combinaria com os tintos, já que poderá provocar um forte amargor no paladar.
5. Roquefort
É um queijo de origem francesa, produzido com leite de ovelha que, aliás, tem mais proteínas, gorduras e açúcares que o de vaca. Também está na lista dos queijos de cor azulada, devido ao crescimento do mofo Penicillium roquefort. Esse mofo dá como característica um sabor mais forte, picante e salgado, sem deixar de ser um pouco adocicado.
Tem a forma cilíndrica e pode pesar entre 2 a 3 quilos. Sua casca é bem clara e macia e, dependendo da maturação, seu sabor pode ser mais ou menos picante. Diante disso, um pedaço de queijo cru, pode não ser uma boa maneira de comê-lo, experimente em uma fatia de pão artesanal ou mesmo passando um pouco de manteiga, fica uma delícia!
Dessa maneira, o Roquefort combina com os acompanhamentos tradicionais, como, pães, mel, frutas, e até mesmo no molho para acompanhamento de carnes. Devido às suas particularidades bem marcantes, o Roquefort é uma lenda. Assim, o equilíbrio se dá pelo contraste com o vinho branco adocicado, com o vinho tinto, os encorpados e os licorosos.
A regra clássica para harmonizar queijos e vinhos é seguir algumas dicas básicas do conceito das combinações entre texturas e sabores. Quanto mais cremoso for o queijo, maior grau de acidez deve ter o vinho. Assim, os queijos azuis (Gorgonzola e Roquefort), por serem queijos mais salgados, sempre pedem vinhos doces e fortificados. Logo, uma combinação bem tradicional, sem dúvida, é o vinho do Porto.
No caso dos queijos Camembert e Brie, vá com os tintos e brancos leves. Por outro lado, queijos duros como o Emmental, pedem vinhos tintos. Na dúvida, opte por vinhos brancos leves com boa acidez, uma harmonização curinga com a maioria dos queijos.
Os mais variados tipos de queijos finos são uma ótima pedida para receber os amigos em casa para uma degustação. Além disso, quando harmonizados corretamente com os vinhos, se tornam um momento de relaxamento e de experiência gastronômica singular.
Agora que você conheceu mais sobre queijos e vinhos, que tal compartilhar este artigo nas suas redes sociais e ajudar os seus amigos a harmonizarem suas combinações?