Taça de vinho e água: entenda por que aparecem juntas
Em um jantar formal, com a mesa arrumada e repleta de talheres e taças diferentes, é possível que haja certa dificuldade para diferenciar entre taça de vinho e água. Até porque o padrão é que as duas estejam sempre presentes, refletindo um hábito antigo de alternar essas bebidas durante a refeição.
A questão, no entanto, é mais complexa do que parece. Muitas são as razões para que se consuma essas duas bebidas em conjunto, e não se trata apenas de tradição ou de pura formalidade. Ficou interessado? Pois é disso que trataremos neste post.
Também explicaremos algumas formas de diferenciar as taças, para você não cometer nenhuma gafe, e qual variedade de água deve ser servida para melhorar a experiência do vinho sem atrapalhar o seu brilho — que, com certeza, merece todo o destaque. Continue lendo para conferir!
Alternando entre vinho e água
Bebidas alcoólicas, em geral, são altamente diuréticas. Isso significa que, durante o processo de digestão, o organismo consome muita água, o que pode levar a uma desidratação.
Por esse motivo, sempre que se consuma uma quantidade um pouco maior de qualquer bebida alcoólica, o recomendado é que sejam feitas pausas para beber água. Ingerir líquidos não alcoólicos ajuda o corpo a processar melhor a bebida, e evita a temida ressaca no dia seguinte.
Existe, contudo, ainda outra razão para se ter sempre uma taça de água acompanhando o vinho: a função de limpar o paladar.
Alguns alimentos podem ter sabores mais fortes, ou com a característica de se manter por muito tempo presentes na língua e na boca. Por isso, ainda que os vinhos sejam comumente escolhidos para harmonizar com os pratos servidos, é recomendado que se faça a limpeza da boca de tempos em tempos, para melhorar a percepção das notas presentes na bebida — e, consequentemente, a sua degustação.
Escolhendo qual água servir
Não se assuste, mas outro detalhe que precisa ser considerado para não atrapalhar a degustação do vinho é o tipo de água a ser servido.
Existem, sim, variações de água, a depender da região de origem e das características de sua composição química. No geral, elas podem apresentar um sabor mais salino ou alcalino.
Água sem gás
O padrão é que seja servida a água mineral, sem a presença de gás carbônico, principalmente quando a bebida for servida durante uma refeição. Isso porque as bebidas gasosas podem criar mal-estar quando consumidas com comida, sem contar que o gás também pode diminuir a percepção de sabor.
Água gasosa
A água gaseificada tem a propriedade de encobrir um pouco o sabor e as notas mais delicadas do vinho. Por isso, não é muito recomendado que ela seja servida com ele. Ainda assim, em alguns casos muitos específicos ela pode ser utilizada — como quando é consumida na forma de sangria, por exemplo, ou quando o vinho é servido fora de uma refeição.
De toda forma, como não é comum encontrarmos informações completas nos rótulos de água sobre o sabor e as características do produto (como fazem os vinhedos), o recomendado é que você experimente antes uma taça de vinho e água, para ter certeza que eles combinarão.
Identificando as taças
A forma, o tamanho e até a espessura da taça são muito importantes para valorizar cada bebida. Tanto os vinhos tintos quanto os brancos (e até a água) são servidos em taças que tenham a capacidade de valorizar o que cada bebida tem de melhor, potencializando a experiência de quem os consome.
Em um jantar formal, contudo, os talheres, guardanapos, copos e taças costumam já estar postos à mesa quando o convidado chega. Assim, pode ser um pouco complicado identificar qual taça deve ser utilizada para consumir cada bebida.
Nesse caso, é importante reparar em características específicas que variam entre taça de vinho e água.
Vinho tinto
Os vinhos tintos são servidos em taças com o corpo grande e arredondado e hastes longas. Dessa forma, eles não esquentam rapidamente e têm mais espaço para respirar. Além disso, a taça do vinho tinto costuma ficar posicionada na mesa logo após a de água, em frente ao prato.
Vinho branco
Os vinhos brancos, por sua vez, ficam melhor apresentados em taças com um corpo mais alongado e hastes um pouco menores, que os mantém na temperatura correta. Isso possibilita, também, que a bebida alcance mais homogeneamente as partes da língua que detectam acidez e doçura, marcantes nesse tipo de vinho.
Essa taça fica posicionada à direita da taça de vinho tinto.
Água
Essa, de fato, é a mais difícil de identificar. Normalmente, a taça de água deve ser a maior da mesa, já que essa bebida pode ser consumida rapidamente e em grandes quantidades. Em jantares formais, ela sempre será a primeira taça da esquerda para a direita, posicionada centralmente, em frente ao prato.
Colocando seu gosto em primeiro lugar
Como vimos, existem regras formais que regem a disposição das taças em uma refeição de gala. O formato das taças tem até comprovação científica, resultado de milênios de experimentação no consumo de vinho, buscando aprimorar sua experiência de sabor.
Ainda assim, fique à vontade: você tem total liberdade para servir o vinho e a água nas taças ou copos que tiver à sua disposição. Um vinho de boa qualidade não terá, com certeza, um gosto ruim se for servido em um copo inapropriado, da mesma forma que um vinho ruim não será salvo pela taça ou pela harmonização com os outros itens do jantar.
O mais importante é ter em mente que alternar o consumo de água e vinho ajuda não só na apreciação dos sabores e notas delicadas da bebida, mas também na recuperação do nosso organismo. Justamente por isso esse hábito é tão comum e recomendado por especialistas.
Esperamos que este texto tenha esclarecido as diferenças entre taça de vinho e água, ajudando você a compreender por que elas existem e como podem ser identificadas. Agora, sobrou alguma dúvida? Deixe o seu comentário e nos conte se você já experimentou alguma dessas dicas!